Pessoal,
Estamos criando aqui no blog a sessão "Memórias da nossa história", na qual contaremos a história de animais que foram adotados.
As pessoas que, através de nós, adotaram seus bichinhos serão convidadas a participar. Os textos serão depoimentos dos próprios adotantes que escreverão sobre como optaram pela adoção, como chegaram a nós e o que essa adoção mudou em suas vidas e na vida de suas famílias.
Assim, esperamos mais uma vez estar incentivando a adoção e mostrando, para aqueles que ainda desconhecem, o que um gesto de amor é capaz de construir.
Cada adoção para nós é um grande presente! Nossos corações se enchem de esperança de que aquele animalzinho nunca mais sentirá a dor do abandono e do descaso. Chegou aquele momento tão sonhado em que foi escolhido e terá a chance de viver feliz para sempre.
Algumas adoções infelizmente não são bem sucedidas, é verdade. Mas a maioria das adoções são muito alegres e nos dão, além de novos amigos e parceiros, a certeza de que podemos, sim, mudar histórias.
Para estreiar, o José Carlos vai contar para vocês sobre a adoção da Nina:
"Foi em 2009, agosto se não me engano. Ela veio nas mãos de um anjo chamada Daniela, com a cara mais linda e sem-vergonha do mundo. Com olhos pedinchões, quase preta, meio cinza, com aquela barriguinha característica de que estava cheia de vermes, mas ainda sim linda, muito linda. Com o nome de Nina, ela passou das mãos da Daniela para o colo da Rose, minha mulher, onde ela escalou e chegou até o rosto para assim poder enchê-la de lambidas ou “lambeijos”, como queiram.
Depois foi minha vez. Peguei no colo e como fazia frio, botei-a dentro do meu casaco, o qual ela adorou e eu fiquei feliz por isso.
Já estávamos casados há dois anos quando decidimos complementar nossas vidas com um bichinho. Pensamos em comprar um animalzinho, mas por influencia de um colega de trabalho da Rose, o Wanderson, descobrimos os sites de adoção, em especial o www.duasmaosquatropatas.com.br, e foi uma das melhores coisas que poderiam acontecer.
Acredito que nada na vida é por acaso, e essa descoberta dos sites bem como a adoção, assim também não o foram.
Considero a chegada da Nina um divisor de águas nas nossas vidas. Tenho certeza que nossa vida pode ser dividida entre antes e depois da sua chegada.
Antes nós que ficávamos sozinhos em turnos distintos, pois a Rose trabalha no turno do dia e eu no da noite, passamos a ter uma companhia constante, carinhosa e ativa, o que fez com que virássemos pessoas também mais ativas e carinhosas. Essa descoberta também nos mostrou um mundo pra mim até então desconhecido, que é dessas pessoas/anjos, que dedicam boa parte de suas vidas, incluindo-se tempo e dinheiro, em prol de animais abandonados, maltratados e desprezados.
A Nina chegou e nos impôs algumas responsabilidades, mas nos retribuiu com amor e carinho. Ela é extremamente inteligente e companheira. Nossa defensora e defensora da casa. Sabe sentar, dar as duas patas, entende alguns outros comandos e faz suas necessidades no local correto, no jornal na área de serviço.
Hoje ela não é mais o bicho da casa e sim uma filha de 4 patas.
Mais ou menos dois anos após, ou seja, em maio desse ano, tomamos a decisão de aumentar a família. Pensamos que a Nina merecia uma “irmã” da mesma espécie para brincar, aprender a dividir e ficar mais “sociável”, além de ter uma companhia quando saíssemos.
Ao saber disso, meu irmão, que havia ganho uma filhote de lingüicinha, me ofereceu a mesma já que ele estaria ocupado demais para cuidar da bichinha. De começo aceitei e sem minha mulher saber. Paralelo a isso, recorremos novamente aos sites de adoção e proteção aos animais e achamos então a Paloma.
A Rose se apaixonou por ela e tive que revelar da filhote que meu irmão queria me doar. Conversamos e pesquisamos mais a respeito da Paloma e quando soubemos da história da mesma, decidimos ficar com ela. Outro fator que teve peso nessa adoção foi o fato de ela ser adulta. Ouvi da minha mulher que uma filhote teria muito mais possibilidade de ser adotada, enquanto um cão adulto, demoraria muito mais e que ela, Rose, queria dar uma chance a Paloma de ser feliz e ter um lar depois de tanto sofrimento.
A Paloma, foi encontrada na cidade de Camaquã, completamente desnutrida, com pouquíssimos pêlos no corpo por conta da subnutrição e alguma doença de pele. Outro anjo, chamada Ana Paula, que achou e acolheu a mesma nesse estado crítico, tratou, alimentou e colocou suas fotos no mesmo site de adoção em que havia encontrado a Nina.
A Paloma tem, de acordo com a veterinária, aproximadamente 5 anos e é muito dócil, carinhosa, companheira e adora uma cóceguinha na barriga. Ainda é um pouco assustada, mas já consegue confiar nas pessoas.
Depois de poucos meses ela já aprendeu a sentar, mas só se tiver um paninho ou tapete, e também fazer suas necessidades no lugar certo, claro que sob uma recompensa, seja carinho ou bifinho.
Hoje, realmente as duas, Nina e Paloma, viraram irmãs e companheiras. Brincam juntas, dormem juntas e defendem uma a outra quando são repreendidas.
Além do mais, através dessas pessoas e desses animais, aprendemos mais sobre proteção a animais, bem como o árduo trabalho de quem se dispõe a proteger os mesmos, o que nos fez colaborar, com doações, divulgações e qualquer outra forma que seja útil.
O sentimento de gratidão desses bicinhos é notório. A entrega ilimitada dos mesmos é mais do que poderíamos imaginar, o que nos deixa extremamente felizes e recompensados pelo carinho e atenção que elas nos dispensam.
Fica a lição de adotar e não comprar animais, afinal de contas, amor não se compra, se conquista.
José Carlos da S. Gonçalves,
Pai adotivo e muito feliz de duas vira-latas amadas."
Emocionante!Parabéns!vamos continuar ajudando essas crianças tão indefesas...
ResponderExcluirEmocionante!Parabéns!vamos continuar ajudando essas crianças tão indefesas...
ResponderExcluirEmocionante!Parabéns!vamos continuar ajudando essas crianças tão indefesas...
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