quinta-feira, 31 de maio de 2012

Bruninho e a imensa dor de um abandono

Amigos,

Hoje queremos contar para vocês uma história de abandono muito triste. Agora, precisamos da ajuda de vocês para dar a essa história um final feliz. Leiam com carinho!

No dia 26/03/2012 , enquanto eu e a Elisete conversávamos em frente à sua casa, passou por nós um homem de bicicleta com um cão amarrado andando ao seu lado.
O homem foi com a bicicleta até uma casa próxima, amarrou o cachorro na calçada dessa casa e gritou para alguém "Fulano, já deixei o cachorro!".
Nesse momento, ele saiu com a bicicleta e novamente passou por nós, agora sem o cachorro.
Questionamos sobre o que ele fez com o animal e ele disse que o cachorro era do "Fulano" e ele estava devolvendo. Dois segundos depois ele (o homem), já estava longe, correndo muito, olhando para trás... fugindo!! ELE HAVIA ABANDONADO O CACHORRINHO!!
Confesso que quando vimos aquele homem se aproximando com o cão amarrado na bicicleta, estranhamos a cena. Por um segundo passou por nossa mente o pensamento de que o homem o abandonaria, mas, depois, achamos que ele simplesmente estava passeando e ficamos assistindo a cena para ver o que aconteceria.
Na verdade, só nos "caiu a ficha" do que realmente havia acontecido quando o homem saiu correndo, olhando para trás, atitude covarde, típica de criminosos como ele.
Quando a Elisete se deu conta de que o homem estava fugindo, ela saiu correndo atrás dele, enquanto eu fui ver o cachorro.
A Elisete não o alcançou e, enquanto ela não voltava da "perseguição ao criminoso", eu tratei de soltar o cãozinho do fio de cadarço no qual ele estava amarrado.
Queridos, o que eu vou falar a partir de agora nós já sabemos que acontece sempre que um animal é abandonado mas, acreditem, ver essa cena de perto ou melhor, estar dentro dessa cena, é muito doloroso.
Quando cheguei perto do Bruninho (nome dado a ele pela Elisete), vi DESESPERO nos seus olhos.
Parece que naquele momento ele já sabia que havia sido abandonado para sempre.
Ele ficava se mexendo, tentando escapar da cordinha para sair correndo atrás do seu "dono". Ao mesmo tempo em que ele se movimentava, ele emitia pequenos granidos, o Bruninho chorava por não saber o que aconteceria dali em diante.
Depois de soltá-lo do portão, deixei-o "livre", segurando-o apenas na corda e indo onde ele me levava. 
Ele não soube para onde ir. Olhava para um lado, para o outro, dava uns passos perdidos, andando em círculos e voltava para o mesmo lugar para chorar... 
Acredito que na sua cabecinha passassem essas perguntas:
"Que lugar é esse?", "Por que meu dono saiu correndo e me deixou aqui?", "Que caminho devo seguir para voltar para minha casa?", "Será que meu dono volta para me buscar?"...
Mas... ele não voltou. A Elisete, sim, voltou, exausta de tanto correr. E, quando a vi chegar sozinha tive certeza de que havíamos "ganhado" um novo afilhado.
Eu não tenho dúvidas de que o Bruninho não foi abandonado na nossa frente por acaso.
Acho que Deus o colocou ali porque sabia que ele não ficaria desamparado.
Colocamos o Bruninho para dentro da casa da Elisete. 
Ele estava magro, sujo e com uma CORRENTE SOLDADA E MUITO APERTADA NO PESCOÇO, como vocês podem ver na foto.


Fotos do Bruninho no dia em que foi abandonado

Para tirar a corrente dele, tivemos que passá-la por sua cabeça, porque era impossível soltar os elos soldados.
Com certeza Bruninho pertencia a uma família muito negligente. 
O Bruninho já é um vovô de mais ou menos 8 anos e deve ter passado longos anos de sua triste vida amarrado em algum lugar. Depois de solto, percebemos que ele tinha muita dificuldade em caminhar, parece que ele sentia dor nas patinhas sempre que dava um passo, como se estivesse pisando em agulhas. Com certeza essa dificuldade se deve ao tempo em que ficou preso, sem poder sequer dar uns passos. Ele demonstrou não estar acostumado a usar as patinhas.
Entre os elos de sua corrente havia todo o tipo de sujeira que vocês podem imaginar.
Depois que o soltamos, ele comeu bastante e demonstrou estar muito assustado. Parecia que ele "não queria assunto conosco", estava triste. Mas, ao longo dos dias seguintes, ele foi "se soltando" e mostrou ser um ótimo amigo.
O Bruninho ficou alguns dias na casa da Elisete e depois foi internado na Clínica Mundo dos Bichos onde tomou banho, foi castrado, vacinado e desverminado.
Hoje o Bruninho está prontinho para adoção. Atualmente ele vive em uma casa de passagem custeada pela dinda Beti Pascoal e sonha com o dia em que ele poderá esquecer para sempre o significado das palavras corrente, maus-tratos, sujeira, fome e abandono. 
Sabemos que esse dia chegará quando ele tiver uma segunda oportunidade de ser feliz.
Tudo o que ele quer é um dono de verdade, que tenha uma casa para lhe oferecer, onde ele tenha uma caminha só para ele e onde receba amor, carinho e cuidados. 
Se você pode oferecer ao Bruninho essa segunda chance, entre em contato conosco.
Se não pode, por favor, espalhe essa história entre os seus amigos, colaborando com a sua divulgação para adoção.
O Bruninho, como dissemos, tem mais ou menos 8 anos de idade, está castrado, vacinado e desverminado.
Ele tem porte pequeno e pelos longos. O Bruninho adora receber carinho e se dá bem com outros cães.
Contato para adoção: viladospeludos@yahoo.com.br | (51) 98267736 (com Elisete)




Fotos atuais do Bruninho


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