sábado, 12 de fevereiro de 2011

ALÍCIA & ALGODÃO: bebês felinos precisando de ajuda!

Amigos protetores,

Como vocês já estão cansados de saber, ao redor do lugar onde moramos, existem centenas de animais nas ruas, são animais MORRENDO nas calçadas pelas mais variadas formas de crueldade - fome, sede, calor, desnutrição, sarna, atropelamentos... O absoluto descaso e falta de cuidados, de amor, é a expressão dos olhos destes animais...
Muitos desses animais possuem "donos", pessoas que, além de serem carentes, financeiramente falando, são completamente ignorantes e negligentes.
Podemos dizer que a maior parte do nosso trabalho na proteção animal está diretamente relacionado aos animais dessas famílias, eles vivem na rua como se não tivessem donos, desesperados por algum tipo de socorro, e é muito difícil virar as costas para eles.
Devido a motivos financeiros, não podemos recolher todos estes animais e abrigar em casas de passagem. Então, tentamos ajudá-los através da conscientização de seus donos, na esperança de dar uma vida mais digna a eles.
Então, inicia-se nosso trabalho! Para começar, conversamos com os donos dos animais e os convencemos a nos permitirem a ajudar seus animais.
A maioria das pessoas "não está nem aí". Para eles, tanto faz se o animal encontrou alimentação ou água em algum lugar ou não; se está machucado ou não...
Logo, não se importam se ajudamos os animais ou não.
É claro que alguns são bem resistentes, outros recusam nossa ajuda e nos fazem recorrer a outras soluções, mas, em suma, para a maioria das pessoas "tanto faz". Se quisermos ajudar os animais, tudo bem, desde que, arquemos com todo o custo e trabalho para isso. Não pode-se contar com eles para nada.
Então, vocês podem imaginar o trabalho que dá: vai desde oferecer potes e baldinhos para alimentação e água dos animais até arcar com o tratamento de um animal necessitado. Todos os meses levamos mais de dez animais destas vilas para serem esterilizados e, em praticamente todas as vezes temos que, além de levar e trazer o animal da clínica, proceder nos cuidados de pré e pós-operatório, além de fornecer toda a medicação... TUDO!
Essas pessoas, em regra, em relação aos cuidados com os animais, são completamente inúteis. Incapazes de deixar o animal de jejum para a castração, incapazes de não deixá-los sair para a rua após a castração, incapazes de dar uma medicação para dor, mesmo que a medicação seja doada por nós. Eles não entendem que animais sentem fome, sede e dor. Para eles, são simplesmente seres que vivem à volta deles e sobrevivem do que encontram.
Então tudo o que fazemos parte de nós, simplesmente por amor aos bichos, e com a certeza de que não podemos esperar nenhum auxílio dos donos dos animais, que na verdade, depois dos próprios animais, deveriam ser os mais interessados nisso tudo.
A maioria desses casos com os quais diretamente nos envolvemos todos os dias não são colocados na rede, pois precisam de soluções mais práticas e imediatas, contudo, algumas vezes, percebemos que sozinhas nossa ajuda será insuficiente e, então, somos obrigadas a recorrer aqueles amigos que através dos e-mails, do blog, do Orkut, também fazem parte dessa corrente de resgate de vidas.
Ontem, enquanto devolvíamos da castração uma gatinha para uma dessas famílias, tivemos uma desagradável surpresa.
Essa família possui um cachorro filhotão, ainda não castrado, uma cadela, já castrada, e duas gatas, já castradas também. Como se não bastasse o número de animais e a falta de cuidados com esses, eles trouxeram para casa mais dois gatinhos bebês de mais ou menos dois meses de idade, um macho e uma fêmea.
Quando chegamos ao local, nos deparamos com os dois gatinhos na rua. Uma cena de terror! Eles estavam muito magros, pele e osso, literalmente, quase desfalecendo. Questionamos os motivos pelos quais os animais estavam ali e eles nos disseram que "eles estavam morrendo".
Deixamos a gata ali, dentro da casa, e pedimos que a deixassem ali, enquanto voltamos na casa da Elisete para buscar a medicação para os gatinhos bebês. Explicamos a eles que a gata não poderia sair para a rua pois corria o risco de abrir os pontos da cirurgia recém realizada. Pedimos a eles também que mantivessem os gatinhos filhotes dentro da casa por 5 minutos, tempo suficiente para que retornássemos com mais ração e a medicação.
Quando voltamos, a gata que havia sido castrada e ainda estava um pouco anestesiada, tinha saído para a rua sem que eles vissem a direção seguida por ela, e os gatos que pedimos para que eles segurassem também haviam sumido.
A situação de descaso e total falta de interesse e boa vontade é indescritível, mas, para não me estender muito mais no texto, depois de muita procura, encontramos os gatinhos e a gata que havia sido castrada.
Medicamos os gatinhos, oferecemos ração e água, providenciamos uma caminha para eles, mas percebemos que eles continuavam sem reação alguma.
Diante daquela situação, resolvemos trazer a gata para se recuperar da castração na casa da Elisete.
Hoje, retornamos ao local para ver como estavam os gatinhos. Mesmo diante de nossas conversas e recomendações, os gatos estavam mais uma vez na rua, no sol, no meio do lixo, sentados, de olhos fechados... Parecia que a qualquer momento iam morrer em nossas mãos.
Diante desse cenário de terror, não conseguimos deixá-los ali e os levamos para o Dr. Pedro, que constatou grave quadro de vermes, além de profunda desnutrição e desidratação.
Vocês podem ter uma ideia do que falamos pelas fotos que estão abaixo...
Eles não podem voltar para aquele lugar de onde foram resgatados, e como não encontramos ninguém que pudesse ter todos os cuidados que eles precisarão nas primeiras semanas , achamos por bem deixá-los internados na clínica até que ganhem peso e estejam bem saudáveis para que sejam doados. Ainda não sabemos quanto tempo eles ficarão por lá, o Dr. Pedro acha que pelo menos por umas três semanas.
O que sabemos de momento é que eles precisam de muitos cuidados, alimentação adequada e controlada, além de medicações...
Por isso, mais uma vez precisamos da ajuda de vocês! Estamos disponibilizando as seguintes contas para depósitos:


Não esqueçam de informar, por favor, os depósitos por e-mail para danipereirapedroso@yahoo.com.br e elisetebrettin@yahoo.com.br.
Os gatinhos também precisam da ração RECOVERY em lata para gatos filhotes. Se alguém tiver essa ração ou puder comprar, pode deixar na clínica, localizada na Av Eudoro Berlink, 343. O telefone da clínica é (51) 30241080.

Ah! Batizamos os fofinhos de Alícia e Algodão!

Por enquanto, muito obrigada pela ajuda de sempre.

Mandaremos notícias!

Abraço,
Dani e Elisete



Nenhum comentário:

Postar um comentário