domingo, 24 de fevereiro de 2013

Ajuda para Branca

Amigos,

Queremos compartilhar com vocês a história da cadela Branca.
A Branca é uma cadela de rua, que mora na Vila Areia, a vilinha onde estamos realizando um trabalho semanalmente de tratamento dos animais doentes, conscientização da população e encaminhamento de cadelas e gatas com ou sem dono para castração. Castrações estas que são pagas por nós e sem qualquer cobrança dos moradores/donos dos animais, que são totalmente miseráveis, vivem em meio ao lixo, e totalmente negligentes e despreocupados na questão dos animais. 
Desta vila, nos últimos dois meses, já recolhemos 3 animais atropelados. E tudo isto está sendo pago por nós, com a ajuda de amigos que acompanham o nosso trabalho e através de rifinhas e brechós.
A Branca está com diversos tumores mamários. Ela já é uma cadelinha velha, que vive no meio do lixo, se alimentando de lixo e sem receber cuidado algum.
Junto ao lugar onde ela mora, vive também sua filhote, que já é adulta e não tem um pelo no corpo. A maioria dos cães sarnentos da vila já estão tratados, mas infelizmente a filha da Branca é muito arisca e não se deixa ser medicada.
Protocolamos junto à SEDA pedido de ajuda para a cadela Branca. Seus tumores estão se abrindo e ela vive na rua.
Nós a levamos para consulta veterinária na SEDA e a síntese da consulta foi essa: o estado de saúde da Branca é grave, ela precisa fazer uma cirurgia. Mas, antes disso, ela tem que ser bem cuidada, alimentada e tomar uma medicação por 30 dias, porque ela está completamente desidratada e desnutrida. Depois de todo esse tratamento, a Branca ficaria bem forte para ter condições de ser submetida à cirurgia.
Além disso, ela precisaria de pelo menos dois banhos semanais para recuperar-se da sarna que tem.
Nós explicamos à equipe da SEDA que a Branca era uma cadela de rua, que não tínhamos nenhuma casa de passagem disponível e possibilitada para abrigá-la, e que dificilmente algum dos moradores negligentes daquele lugares concordaria em estar alimentando-a e medicando-a, mesmo que fornecêssemos toda comida e medicação necessária. Mas a equipe da SEDA nos disse que infelizmente não poderiam abrigá-la pois não possuem estrutura suficiente para abrigar todos os animais que ajudam e tratam.
De fato, o que prevíamos foi isto que ocorreu. A Branca não está sendo tratada e desta forma nunca estará em condições de fazer uma cirurgia. Seus tumores estão cada vez mais abertos e maiores.
Na semana passada, ligamos para a SEDA e mais uma vez explicamos que o tratamento não está sendo feito como deveria. Infelizmente não temos um local para abrigá-lo e não estamos encontrando uma saída para a Branca. Ela está definhando e acabará morrendo, sofrendo, sem tratamento.
Mais uma vez a resposta da SEDA foi a mesma: não podemos abrigá-la. Ela precisa ser tratada fora da SEDA e, depois que estiver bem, ser trazida para a cirurgia.
Além disso, a SEDA também não poderá abrigá-la no pós-operatório (supondo que um dia a cirurgia seja feita).
Agora recebemos um email da protetora Margareth Sassi, narrando e agradecendo a SEDA pelo tratamento que deu a um cão que foi abandonado na Av. Bento Gonçalves. A situação deste pobre animal é praticamente igual a da Branca - ele é um cão velhinho, com tumores no testículo e, como nós, a protetora Marga não podia abrigá-lo e por isso recorreu a SEDA.
Mas, no caso deste vovôzinho da Bento Gonçalves, para nossa admiração e total surpresa, a SEDA prontamente foi até o local, resgatou o animal e o abrigará pois ele está em estado grave e ele não tem para onde ir.
Pergunto: qual é a diferença destes dois casos? Quais são os critérios que definem a possibilidade ou não dos animais serem abrigados na SEDA?
São perguntas que ficam sem respostas!
Nós não sabemos o que fazer, pois já estamos com três animais recolhidos da mesma vila em clínicas veterinárias, uma dívida grande na clínica veterinária, sem falar nas despesas mensais dos animais que vivem em casas de passagem. Não temos condições financeiras de arcar com mais um resgate e internação.
A Branca precisaria ficar +- 30 dias em algum lugar onde fosse cuidada, alimentada, medicada e recebesse banhos semanais. Após esse mês, ela faria a cirurgia na SEDA e teria que voltar para esse lugar, ficar mais uns 20 dias para recuperar-se da cirurgia e somente depois do período de pós-operatório é que ela seria devolvida ao seu lugar de origem, onde a sua filhota também está sem tratamento, e onde tantos outros animais esperam ajuda.
Já que nós, por absoluta falta de recursos, não podemos abrigá-la ou interná-la em um local adequado e a SEDA diz que por falta de espaço não pode abrigá-la, queremos pedir a vocês que repassem a história da Branca, na tentativa de encontrarmos algum amigo disposto a abrigá-la temporariamente ou quem sabe adotar essa vovó e dar a ela um final de vida digno.
Se não for possível essa casa temporária, precisaríamos de padrinhos que se comprometessem em custear as despesas da Branca em uma clínica veterinária.
Nós não sabemos quanto custaria, mas imaginamos aproximadamente R$ 600,00 para a hospedagem (supondo 50 dias de internação, 30 antes e 20 depois da cirurgia), e mais as despesas com banhos e medicações.
Se alguém puder ajudar, nós e a Branca ficaríamos imensamente gratas.
Escreva para gente e diga se pode ajudar e com quanto poderia ajudar. Assim que tivermos valor suficiente somado, vamos resgatar a Branca e interná-la na clínica. Mas enquanto não tivermos esse valor, não podemos levar mais animais para a clínica e aumentar ainda mais nossa atual dívida.
Aos que não podem ajudar, pedimos que repassem o texto para formarmos uma rede de ajuda à Branca.
Muito obrigada!





Filhota da Branca

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