domingo, 11 de março de 2012

A longa espera por ajuda - dois novos afilhados

Amigos,
Mais uma vez estamos aqui, pedindo por ajuda.
Como todos vocês sabem, estamos engajados em uma luta que parece não ter fim.
Não temos condições alguma de resgatar e socorrer mais nenhum animal, mas mesmo com essa consciência sobre nossa realidade, em diversos momentos, somos obrigados a tomar decisões rapidamente e agir de acordo com os batimentos cardíacos do nosso já tão sofrido e sensível coração.
Sempre que avistamos algum animal em situação de risco e perigo, somos alertados de maneira instantânea por esse coração, que ao sentir essa emoção, bate cada vez mais rápido, e então torna-se inevitável darmos o "passo maior que as pernas”, e toda aquela conversa de não resgatar mais nenhum animal até quitarmos nossa dívida com a clínica veterinária passa a fazer parte do passado. Somos dominados apenas pelo desejo infinito de salvarmos mais uma vida. Essa vontade é o que nos impulsiona a encaramos mais dívidas, noites e dias de preocupações, pedidos infindos de ajuda e a busca interminável por uma família que os ampare de uma forma amorosa e sem preconceitos, para sempre!!
No dia 27/02/2012, por volta da meia-noite, meus cachorros passaram a latir incessantemente e quando saí para ver o que estaria acontecendo, me deparei com a Lana, essa cadelinha que é mestiça de Poodle com Cocker. Ela estava literalmente apavorada e desnorteada na calçada em frente a minha casa e então imediatamente saí para vê-la de perto.




Quase enfartei, pois a pobrezinha estava coberta de pega-pega e totalmente enrolada em uma fina corda de nylon. Com muita dificuldade cortamos a corda que estava muiiito apertada e tínhamos medo de, ao cortá-la, acabarmos machucando a pobre cadelinha. 
Coloquei-a para dentro de minha garagem, dei a ela água e ração. Lana bebeu e comeu compulsivamente, com certeza estava passando por necessidades há muitos dias. 
Talvez estejamos enganadas, mas acredito que a peludinha foi amarrada em algum matagal para morrer de maneira lenta e cruel, e depois de muito esforço conseguiu romper a corda, então fugiu desesperadamente, guiada por um anjo, e depois de passar por inúmeras casas, Lana me encontrou. 
A querida Lana tem sequela de cinomose, movimenta sua cabecinha de forma involuntária. Para nós, isso é o que menos interessa, pois muito vê-la de barriguinha para cima a espera de afagos e carinho não tem preço! Ela é muito carente e linda!
A Lana já está castrada e não está mais com a doença (cinomose). Caminha normalmente e já está recebendo toda a atenção necessária para sua total recuperação. A lindona é de médio porte, pesa mais ou menos 10 kg, tem cerca de dois anos de idade e quer ser adotada por um ser humano, mas muito humano mesmo, do tipo super sensível e desprovido de qualquer espécie de preconceito, pois nem a Lana, nem nós, queremos adotantes que alimentem esse desprezível sentimento. 
Além da Lana, também temos outro novo afilhado. Ele chama-se Teddy e é um mestiço de maltês.
O Teddy foi encontrado após irmos até uma vila próxima para medicarmos uma cadela. Era uma noite muito quente, quando passamos por um beco e o vimos deitado, justamente em nosso caminho, ele não tinha água ou comida.



Segundo uma moradora do local, um dia ele teve um dono. Esse cretino o abandonou depois que o pequeno Teddy teve a patinha fraturada. Ainda não sabemos como isso ocorreu, mas isso já não nos importa, pois fizemos o que deveria ter sido feito há muito tempo atrás, isto é, nós o socorremos. O resgatamos com centenas de pulgas e carrapatos, faminto, desnutrido e com uma fratura em uma das patas.
Segundo os raios X realizados no dia 11/3, a fratura de sua patinha é “antiga”. Sua “mãozinha” está totalmente separada do resto da pata, apenas segurada pela pele, pois a fratura não foi calcificada. 
Agora, seu exame será avaliado por um veterinário ortopedista a fim de verificarmos a possibilidade de colocar uma placa na patinha do Teddy. Do contrário, infelizmente sua patinha deverá ser retirada.
Pergunto-me: Quantas “pessoas” presenciaram o sofrimento desse vovozinho durante todo esse tempo? Sim, Teddy é um vovô que tem entre 10 e 12 anos de idade, pesa apenas 5 kg, e assim como acontece com grande parte dos idosos em nosso país, ele foi abandonado e desprezado por sua família, sem dó algum. Sentimento de culpa?! Nem pensar! São seres desprovidos de piedade, responsabilidade e de vergonha na cara. 
Perdoem-nos, mas estamos fartas (e vocês também devem estar) de nos depararmos diariamente com tanta negligência e estupidez de gente que não acrescenta nada a ninguém, nem a seus próprios animais, porque aos seus olhos, eles não passam de peças descartáveis, pelas quais não possuem nenhum apego. Nós, definitivamente, NÃO precisamos deles para nada, então, para que vivem? Para causarem sofrimentos, mutilarem seus animais, maltratarem, espancarem? Provarem a cada dia que passa de suas miseráveis vidas, que são capazes de atrocidades "que até Deus duvida"? A cada dia me convenço mais de que não sou desse mundo!! 
Bem amigos, esses dois peludinhos estão internados na clínica Mundo dos Bichos, e novamente estamos precisando da ajuda de nossos amigos para mais esses casos. 
Ainda estamos com dois gatinhos internados na clínica e alguns débitos referentes a despesas com outros animais que já tiveram alta da clínica. 
Agradecemos aqueles que ainda puderem nos dar mais essa força!! 
Muito obrigada a todos e, por favor, repassem nosso pedido de socorro para seus contatos. 
Seguem abaixo fotos dos peludos.
Abaixo as contas bancárias para depósitos em prol desses casos.

BANCO DO BRASIL 
Ag. 3256-5 
C/C 12889-9 
CNPJ: 095697-20-0001/47 
Clínica Mundo dos Bichos 

BANRISUL: 
Ag. 0060 
C/C 350375690-7 
CPF: 349661450-15 
Gilberto da S. Miceli 

BRADESCO: 
Ag. 0268 
C/C 0537873-7 
CPF: 609062000-91
Elisete M. R. Brettin


Qualquer ajuda deverá ser informada por e-mail para viladospeludos@yahoo.com.br.

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